quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DIZem

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- Sou\be dele?
- Quase nada. Diz\em que morreu assassinado por palavras.
- É isso, vida de poeta endurecido pelo verso...
- Diz\em que roubava livros, vício do cão. Também diz\em que andou desistindo das pessoas, talvez, para não deistir de si mesmo. Isso tudo... as interpretações alcançadas pelo leitores dizem pouco. Acredito que esse, Diz\em isso ou A\quilo, apenas revitalizam sinais de pouca compreensão. Além disso, Diz\em que não quis ser poeta, mas só sabia dizer o que dizem.
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Danilo Machado

Para Você: Desejo.

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Me obrigo a diz\er: Não! Ao Vértice do Sono. Me acostumo a comun\icar: Sim! Para ainda estar presente nesses diálogos inúteis, pois os desejos saltam, olhar em formas de ver o ideal interno. Me o\brigo a estar aqui para sobreviver isolado: Ainda! Com a calma movida por café, arranho o seu rosto com este tecla\ado, mim faces sígnicas in\significado. Me ponho a ou\vir: Luiza! Mas o principal atrativo está em não ouvir nada externo, agulhas caindo sobre pedras ao som de Jobim. Carmen sem Bizet. Virginia sem Woolf. Ulisses sem Joyce. Yerma sem Lorca. Drummond sem pedra alguma. Me\mal\me quer por perto: Agora! Como lápide em pescoço degolado, arranco o entendimento do verso nessas palavras que nunca serão lidas por quem desejo...
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Danilo Machado