terça-feira, 10 de abril de 2012

PIADA HETEROFÓBICA

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Mulheres falam de pêlos; homens falam pelos cuto_velos. Homens gritam e mulheres enfeitiçam. Homens-hétero são burros; mulheres "hétero" sabem que podem ser o que quiserem. Mulheres compram batom para a superfície da boca; homens compram papos superficiais com outros homens. Mulheres amam cavalos, homens são um amor quando cospem no chão. Homem come tudo o que vê; mulher, come a qualidade poética de si. Homem só vê o que deseja; mulher, quando sabe o que deseja, vende a alma pra comprar. Homens leem a contracapa; mulheres leem as orelhas, olhos, boca, voz, mãos, pernas, roupa... Homem sabe tudo dos seus limites; mulheres sabem que não são limitadas. Isso é piada hétero? Ou piada sapata? Tudo bem, a vida ainda veste-se de eixos binários, alguns veem o limite do seu desejo, outros, as esferas obscuras do desejado. Mas quem de vocês experimenta a micropolítica da liberdade de si como autocobaia? Fármaco-poderosamente, as ações do olhar binário apenas camuflam suas forma-trans de tecnossexualidade. Quem assume as suas mutações, vive na terceira margem? O imperativo pornográfico “fóllate a ti mismo” assume uma melhor condição de rastros fármaco-pornográfico? Literatura-tecnogênero-cibernético-erótica?
Danil_ Machad_

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